O começo

Sara Figueiredo Costa

No mês em que o PONTO FINAL celebra vinte e quatro anos de actividade, um novo suplemento começa aqui o seu percurso. O nome não é novo, e os leitores lembrar-se-ão dele, mas dois anos depois da última publicação, o Parágrafo é já outra coisa. Renasce, agora, como suplemento dedicado à literatura, aos livros, à edição e a tudo o que com estes temas se relaciona. Uma vez por mês, estaremos no miolo do PONTO FINAL a descobrir o que se anda a escrever, a conversar com quem faz livros, a perceber as razões de uma história, de um projecto ou do trabalho de uma vida.
Entre edições e autores, acabaremos por falar de quase tudo, porque é essa a natureza dos livros. A literatura terá o merecido lugar de destaque, mas tudo o mais que se guarda entre página e página andará por aqui, das ilustrações que não são apenas para os que ainda não sabem ler aos documentos que o resgate dos tantos pedaços da nossa memória comum permitiu que partilhássemos, passando pela fotografia, pelas viagens ou pela(s) história(s). Sendo o PONTO FINAL um jornal em língua portuguesa, daremos atenção ao que se vai publicando neste idioma, independentemente do espaço onde se publica. E sendo o PONTO FINAL um jornal de Macau, teremos sempre a cidade como ponto de partida, procurando acompanhar os livros que aqui se editam, as actividades literárias e editoriais, os projectos que se relacionam com o mundo dos livros e tocam, tantas vezes, outros mundos. Em português, certamente, mas igualmente em inglês ou chinês, porque em todos esses idiomas se faz a respiração quotidiana de Macau.
Em cada Parágrafo, um conto completará a edição. É um modo de não deixar ficar na gaveta os tantos contos que se apresentam aos concursos do Rota das Letras – Festival Literário de Macau e que, não sendo premiados, não merecem que o olvido seja o seu único destino. Será, também, um modo de dar a ler potenciais novos autores. Quem sabe se algum deles não virá a ser objecto de outro artigo neste mesmo suplemento, sobre um livro ou um projecto ainda por existir?
Comecemos, então.

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